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A
ntigamente, para se ter um animal em casa deveria haver uma
razão maior, como por exemplo a necessidade de proteger o
lar de eventuais invasores, daí a preferência por cães. Ou então ter
gatos para afugentar ratos e outras espécies indesejáveis.
Esta escolha agora depende muito mais de valores emocionais
de caráter pessoal, o que faz com que os animais venham conquis-
tando, a cada dia, mais espaço na sociedade e, principalmente, no
convívio familiar.
Já se sabe que a convivência com animais traz benefícios para
todos os seres humanos − jovens, adultos ou idosos, mas nas crian-
ças eles são mais evidentes.
Na infância, o indivíduo está em fase de desenvolvimento cog-
nitivo e a interação com os animais fornece diversos conceitos para
sua formação. Independentemente do animalzinho escolhido, todos
os pets necessitam de uma rotina de cuidados, e o acompanhamen-
to destas atividades pelas crianças são lições práticas, que podem
ser extrapoladas para outras áreas de sua vida: o senso de responsa-
bilidade (a importância da alimentação, o abrigo ideal), a disciplina
da rotina (limpeza do ambiente, horários de alimentação, passeios,
vacinas), o afeto (o equilíbrio emocional e a importância do contato
− quanto mais afeto despendido, mais afeto retribuído), como lidar
com adversidades (E quando o pet não quiser interagir? E quando
o pet adoecer?), saber lidar com a perda (comparando-se ao ser
humano, a maioria dos pets tem uma vida curta, e lidar com o senti-
mento de perda faz parte de um processo importante de amadureci-
mento e de compreensão da dinâmica da vida). E o mais importante
de tudo: compreender e respeitar todas as formas de vida.
Pets e crianças
Cada animalzinho apresenta características únicas de acordo
com sua espécie (existem os mais agitados, os mais brincalhões,
os mais frágeis, etc.), da mesma forma que as crianças também
possuem perfis distintos umas das outras (umas são mais agitadas
e gostam de brincar bastante, outras são mais calmas e tranquilas,
além daquelas que são mais cuidadosas, etc.). Adaptar o perfil
do pet ao perfil da criança é sempre mais interessante do que se
ter um animal só por ter, já que a ideia é que haja uma interação
criança-pet.
Já se sabe que a
convivência com animais
traz benefícios para todos
os seres humanos −
jovens, adultos ou idosos,
mas nas crianças eles são
mais evidentes
Cães
O mais famoso dos pets tem grande capacidade
de interação e afeição ao ser humano, mas al-
guns pontos devem ser observados na escolha
de um cãozinho: para crianças pequenas
(menores de 7 anos) a melhor opção,
por incrível que pareça, é um cão
de porte médio ou grande, pois
nesta fase as brincadeiras das crian-
ças tendem ser mais físicas (puxar,
abraçar, segurar) e cães maiores
reagem melhor se comparados à
fragilidade de raças de pequeno
porte. E, se a criança for muito
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